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As distâncias são subjetivas

As distâncias são subjetivas. Eu não estou falando da distância geográfica. Essa se resolve pegando um avião, um carro, trem, metrô, barco, até uma bicicleta.

Falo da distância sentimental, emocional… A distância que invade o peito em plena tarde de uma quinta-feira e às vezes dura horas, dias, semanas…

Aquela distância que a gente quer minimizar mandando uma mensagem, ligando, vendo pelo Skype. E quando isso acontece, ah o coração agradece! Os ouvidos e os olhos também.

É como se quase pudesse materializar o outro bem na sua frente. Como se ele tivesse falando bem aqui no pezinho do meu ouvido… Que voz gostosa,  que risada boa!

É como aquela frase (que não sei de quem é) quando o médico pergunta:
“— o que sentes?
— Sinto lonjuras, doutor. Sofro de distâncias!”

Ô bicha danada é essa saudade que vem com a distância! Ou seria a distância que vem com a saudade? (…) Não sei. Só sei que sinto as lonjuras e sofro dessas distâncias que já disseram por aí.

Tudo bem, pareço exagerada na sofrência. Drama Queen, muito prazer! Cazuza mesmo cantou para o mundo que era exagerado e ninguém reclamou, e olha que ele nem era canceriano. Agora, imagine… Ok, ok.

Sobre saudades, distâncias e exageros eu entendo. A distância pode diminuir. A saudade a gente mata (mesmo que às vezes a miserável ressuscite). E o exagero… esse a gente guarda num potinho que é pra usar quando precisa, né?

Sabe, a saudade mostra que sentimento é pra ser dividido, se não acumula e a gente não aguenta segurar sozinho. É pra dividir o peito, o abraço, o sofá, a comida (há controvérsias).

Saudade serve para o coração bater mais forte, para testar a resistência, o amor. Serve para você descobrir que apesar de conseguir viver SEM o outro, você escolhe viver COM ele, e PRA ele. “Sinto lonjuras, doutor.. Sofro de distâncias”.

E meu remédio eu já tenho: estou esperando ele terminar o dia longo de trabalho só pra me mandar um beijo e eu poder dizer que o amor que ele sente por mim é a melhor descoberta do século para curar qualquer sintoma.

A distância é mero detalhe quando o reencontro acontece no coração.

Jeyse Silva

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